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Esta intervenção, desdobramento da pesquisa interinstitucional “Alternativas paraenfrentamento da violência na Educação Básica: uma demanda à Psicologia Escolar”1, temcomo objetivo demonstrar que a violência que ocorre no contexto escolar, costumeiramentedefinida como bullying, é uma faceta da violência estrutural da sociedade de classescapitalista.Tal análise é fundamental ante a recorrente manifestação no contexto escolar de atosviolentos que, por vezes, são entendidos como um problema pontual e um fenômeno novosobre o qual vem se produzindo uma larga produção científica. Bullying é um termoamplamente difundido nas últimas décadas no campo da educação e ganhou, na mesmaproporção, uso cotidiano. Este termo é utilizado, conforme aponta Nagel (2007, p. 2), paraatos repetitivos “que tem poder psicológico para intimidar, implicar, humilhar, negar atenção,fazer pouco caso, perseguir o outro (colega, professor, funcionário) com chacotas, ironias,ameaças e, até mesmo, com agressões físicas, sem contar com o uso da Internet para taisperversidades”, os quais expressam alto grau de incivilidade que, dramaticamente, vemcrescendo dentro e fora das escolas.