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A proposição do presente trabalho fundamenta-se na necessidade de mensurar o nível de participação popular alcançado no processo da busca pela qualificação do espaço e assim verificar se o resultado final representa efetivamente a vontade da maioria. A sociedade muda ao longo da história, porém, seus lugares públicos que acompanham tais mudanças nem sempre mudam com a mesma velocidade. Essa, talvez, seja a explicação para o esvaziamento urbano percebido recentemente e o conseqüente abandono, degradação e rejeição de espaços coletivos. Essa mesma sociedade, quando envolvida voluntariamente, age autônoma e livremente, associando-se na busca de seus direitos individuais e coletivos; em plena liberdade de expressão interage com a realidade e, em função dela, escolhe os rumos de sua vida e delimita posturas que transformam espaços geradores de bem estar. Ao associar-se, uma comunidade abandona seu estado de indiferença e, através de parcerias com o poder público, busca atender suas novas demandas, e, assim, qualificar o espaço com o qual deixou de se identificar. No entanto, essa participação pode ocorrer de diferentes formas e o resultado do processo pode atingir maior ou menor qualidade. É isso que se pretende identificar neste trabalho, se a participação popular no planejamento e na gestão dos espaços públicos vem se traduzindo em maior qualidade dos mesmos. Para isso, realizou-se estudo de caso da atuação da Associação dos Amigos da Praça da Santa Teresinha, em Passo Fundo (RS). Os resultados mostraram-se importantes ao ressaltar os benefícios de se buscar práticas que conduzam a um maior comprometimento com o social e à construção de uma cidade mais humana e mais agradável.