O aproveitamento de águas de chuva é uma eficaz alternativa ao abastecimento público de água potável e tem recebido diversos incentivos, como a promulgação de leis (MARINGÁ, 2007) que tornam obrigatória a implementação deste sistema em edificações. A indústria é um dos setores da sociedade que tem buscado esta alternativa, mas no qual esta tecnologia ainda não encontra amplo emprego, e que atualmente responde por 18% do consumo de água no Brasil. A água de chuva costuma ser captada por meio de calhas instaladas nos telhados das edificações, e encaminhada para um sistema de tratamento, muitas vezes composto por apenas um filtro, e reservada em cisternas ou caixas d’água, que podem ser de diversos materiais. A água de chuva costuma ser destinada a usos não potáveis, embora possa ser potabilizada, e as possibilidades de utilização dependem da qualidade da água ao longo do ciclo hidrológico, especialmente após o escoamento. As investigações a respeito da qualidade da água costumam ser acompanhadas de estudos da viabilidade econômica da implantação e operação do sistema, especialmente durante o dimensionamento do reservatório, componente que costuma ser o mais dispendioso do sistema. Este trabalho apresenta um estudo a respeito da viabilidade técnica e econômica da implantação de um sistema de aproveitamento de águas de chuva em uma empresa de beneficiamento e distribuição de vidro, na cidade de Maringá/PR, cujos usos previstos para a água pluvial são os empregos nas máquinas do setor produtivo e na lavagem dos pisos da empresa. A análise da qualidade da água de chuva coletada no local revelou que esta é propícia aos usos industriais, mas necessita de certo grau de tratamento, enquanto a análise financeira mostrou que o sistema gera pequeno retorno monetário, mas propicia a economia de grandes volumes de água potável, podendo gerar um impacto socioambiental favorável.