Última alteração: 2013-04-01
Resumo
A análise da qualidade do ambiente urbano, tem sido instrumento de estudos e aplicação de ações para a gestão do território urbano e rural. Este trabalho apresenta uma investigação preliminar da situação de três loteamentos urbanos (Santa Marina, Bela Vista I e Bela Vista II) implantados distantes da zona urbana de Maringá, em áreas rurais, sem os estudos que definem a organização espacial do uso do solo urbano, das redes de infra-estrutura e de outros elementos fundamentais da estrutura urbana, evidenciando as condições de infraestrutura interna e nas proximidades desses, os serviços de transporte coletivo, saneamento, bem como os vazios urbanos existentes entre o limite urbano do município e os referidos bairros. Para tanto, foram realizados levantamentos de dados e informações tais como a planta completa do município com alocação dos equipamentos urbanos, informações cadastrais que ajudaram na delimitação do espaço geográfico, bem como o modelo de distribuição dos vazios urbanos naquela região junto a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação. Também foram obtidas informações em campo referentes ao saneamento básico, rede coletora de água e esgoto, transporte e acesso aos equipamentos urbanos. A análise dos resultados permitiu verificar que os loteamentos, que foram regularizados junto a Prefeitura Municipal no ano de 2001, contam, nos dias atuais, com redes de distribuição de água e energia elétrica, contudo ainda carecem de rede de esgoto, bem como drenagem de águas pluviais. A pavimentação dos três loteamentos é formada por cascalho, desprovida, portanto, de pavimento asfáltico. Quanto ao transporte público, observou-se que o espaçamento dos horários dos ônibus são amplos e que os pontos não oferecem abrigo. Também observou-se grandes áreas de vazios urbanos entre o limite urbano municipal e os loteamentos. Tais vazios apresentam características rurais tornando o ambiente nesses loteamentos passível de problemas decorrente deste modelo de implantação de loteamento tais como qualidade do ar, visto que pode ocorrer dispersão de agroquímicos, ruídos de implementos agrícolas, poeira em época da entre safra. Diante dos resultados, pode-se afirmar que a implantação destes loteamentos geram impactos sociais, ambientais e econômicos que refletem na vida das pessoas e na esfera local pública, pois se por um lado os moradores sentem com o ônus gerado pela implantação sem o devido planejamento, o poder publico sente como ônus decorrente do aumento de demandas de investimentos que passam a fazer parte do orçamento municipal, de forma que tais loteamentos possam ser inseridos no plano urbanístico do município.