Última alteração: 2012-07-28
Resumo
Este texto visa tecer considerações sobre a cartografia enquanto estratégia metodológica para pesquisa em territórios movediços, tal como a produção de subjetividades e demais preocupações do campo da Saúde Coletiva. Durante todo o escrito faremos referência à Política Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção – HumanizaSUS (PNH) ilustrando a aposta na cartografia enquanto exercício de pensamento sobre novos caminhos na produção de conhecimento visando compreender e narrar um processo de mudança.Apresentaremos então considerações sobre a cartografia na busca por novos modos de fazer pesquisa, a partir de leituras de Deleuze, Guattari e Foucault e de autores brasileiros que se balizam pela Filosofia da Diferença. Primeiro, realizamos breves comentários sobre o método para incluir a cartografia na pluralidade metodológica necessária na atualidade. Depois, problematizamos dimensões da cartografia para em seguida articulá-la com a proposta metodológica da PNH, o método da triple inclusão. Por fim, consideramos que a cartografia e a PNH se potencializam no constante exercício de estranhar o que é dado como natural e imutável tanto nas relações e práticas de saúde, quanto no próprio conceito de saúde e, quiçá de fazer ciência.