Última alteração: 2012-07-24
Resumo
Este trabalho discuti a figura do analista e como ela esta implicada na direção do tratamento. Como num trabalho analítico essa pesquisa foi-se desenvolvendo em busca de construir uma saber, um saber sobre o local que ocupo quando me coloco na posição de analista, posição ambivalente de saber que nada sei sobre aquele que diante de mim se coloca. Compreendo que discutir a figura do analista é reconhecer que existe aí um desejo, e como todo desejo encerra um saber, o desejo do analista e o desejo de ser analista dever ser posto em questão, ser inquirido e ser analisado para que no exercício dessa função não sejamos (a)traídos pelas miragens que ela produz. Partindo disso busquei na literatura psicanalítica freudiana os subsídios necessários para efetuar essa discussão e realizei esta pesquisa qualitativa de caráter bibliográfico por entender que embora o saber acadêmico não dê conta de formar um psicanalista ele é fundamental para que possamos entrar em contato com a teoria e o método psicanalítico. Como já antevia agir e sustentar a função de psicanalista é uma decisão que deve estar consciente de sua (im)possibilidade, pois no exercício da Psicanálise vejo que é possível, durante o processo analítico, construir, com os sujeitos que nos buscam, um saber sobre aquele padecer que os fizeram nos procurar como analistas, entretanto estamos também advertido da impossibilidade de tudo saber sobre, e mais, estamos advertidos de que enquanto psicanalistas nós nos situamos em uma falta-a-ser, ou seja nosso ser, nosso sujeito, deve estar suspenso não podendo aí atuar, somos aquele que ao não ser presta semblante às questões de nossos pacientes.