Este estudo visa identificar e debater pesquisas que versem sobre as interfaces entre família e trabalho a fim de identificar eixos de articulação e superar uma visão dicotômica e isolacionista entre estes fenômenos. Para tanto, pretende-se situar a diversidade  da instituição familiar contemporânea que possa gerar espaços para a produção e reconhecimento de outros modos de ser-trabalhar-viver que ultrapassam o tradicional modelo burguês nuclear. Também se circunstancia uma concepção de trabalho marcada pela contradição, enquanto centralidade e geradora de modos de expressão privilegiados da subjetividade – com dimensões individuais e coletivas – evidenciados em um dado momento histórico, social, cultural, político e econômico. Nesses termos, buscou-se não desvincular o debate do âmbito da saúde na perspectiva de seus determinantes sociais.