Este trabalho trata-se de uma dissertação de mestrado em desenvolvimento no Programa de Mestrado em Psicologia da UEM, na linha Psicanálise e Civilização. A dissertação tem como proposta estudar a relação do humor - enquanto atividade psíquica - e o trauma, mais especificamente o trauma psíquico gerado em eventos sociais potencialmente traumáticos como a Shoah e a ditadura militar no Brasil. Pressupõe-se, nessa pesquisa, que o humor é promotor de tradução/elaboração psíquica do trauma social, assim como agente de expressão da sexualidade presente na relação do sujeito com o outro, como nos propõe a psicanálise de Freud e Laplanche. Os resultados têm demonstrado que o trauma social pode ser transmitido transgeracionalmente, e que o humor pode ser uma via tradutiva importante, o que depende da forma como cada sujeito elabora as mensagens enigmáticas de modo particular, e também da aceitação desse humor pelo contexto cultural e histórico do qual faz parte o humorista.