As queixas escolares estão muito presentes na atualidade, sobretudo quando se fala em medicalização da educação. Por este motivo, neste trabalho, realizamos a análise, dos encaminhamentos de alunos que ingressam o Laboratório Temático de Inclusão Digital e Diversidade, projeto de extensão na UEM. Nosso objetivo é discorrer sobre as queixas escolares e medicalização, que são apresentadas pelas crianças/escolares que frequentam o Laboratório. A análise é realizada sob a luz do referencial teórico da Psicologia Histórico-Cultural. Em um primeiro momento apresentamos uma discussão sobre as queixas escolares e medicalização; em seguida enfocamos pressupostos da Psicologia Histórico-Cultural acerca da relação desenvolvimento e aprendizagem, principalmente tratando da mediação; e, em um terceiro momento discorremos acerca das queixas escolares apresentadas no encaminhamento de crianças para o referido laboratório.  Por meio da pesquisa constatamos que em 100% das queixas escolares recebidas nos laboratório as causas do fracasso escolar são centradas na criança. Concluindo, entendemos que mais uma vez é constatada a visão de individualização do fracasso escolar, deixando de apreender as condições histórico-sociais que produzem esse fato assim como desconsiderando que o acesso aos bens culturais não é igualitário em uma sociedade de classes.