O filme Wake incita várias discussões pertinentes e atuais sobre os assuntos morte e erro médico, sendo que muitas dessas não se tem uma resposta exata. Uma delas seria o paradoxo que se tem a partir do grande avanço técnico da Medicina, que permitiria salvar inúmeras vidas, mas ao mesmo tempo é crescente o número de pessoas que morrem vítimas de erro médico. Como consequência da morte por erro médico, a vítima não tem a possibilidade de viver a morte com dignidade e nem favorecer a morte como um processo de vida, haja vista que foi decorrente de uma situação inesperada. Uma outra ideia, que é possível extrair do filme, vem ao encontro da necessidade das pessoas estarem consumindo na mídia mais produtos relacionados com a morte, com isso espera-se dos telespectadores uma atitude de reflexão e elaboração sobre a temática, de forma que não se torne banalizada. E mais, que os meios de comunicação utilizem esse veiculo de maneira positiva para criar espaços de discussões pertinentes ao assunto. Portanto, espera-se que essa temática da morte possa ser inserida nos processos de formação dos profissionais da saúde e incluídas nas grades curriculares de cursos como Medicina, Enfermagem, Psicologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional entre outros, na tentativa de compreender o fenômeno da morte e suas implicações para a família e para o profissional. Torna-se indispensável a criação de cursos, grupos de estudos e discussões sobre o tema, como uma tentativa de auxiliar o profissional da saúde nesse contexto, uma vez que é uma área em que as pessoas preferem se distanciar, ou seja, evita-la a todo custo. Cabe ressaltar a iniciativa do Ministério da Saúde em abordar o tema, a partir da criação do material intitulado “Comunicação de notícias difíceis: compartilhando desafios na atenção à saúde”, lançado no ano de 2010, o que reforça a necessidade de ampliar a discussão para os profissionais de saúde do Brasil.