O presente trabalho versa acerca de conceitos psicanalíticos que, a nosso ver, por vezes se tornaram confusos no desenvolvimento teórico da psicanálise. As noções de pulsão e pulsão de morte são consideradas como conceitos chave para o entendimento da psicanálise, tanto no âmbito teórico quanto no clínico. Para discorrer sobre a pulsão de morte, buscamos primeiramente apresentar, a partir de alguns textos de Freud, o pensamento e o entendimento do autor acerca do termo pulsão, para em seguida situarmos a temática da pulsão de morte no pensamento freudiano. Depois de uma breve revisão, em Freud, pretendemos, então, compreender estes conceitos a partir da Teoria da Sedução Generalizada (TSG) proposta por Jean Laplanche, que é considerado um importante teórico psicanalítico, bem como um dos grandes leitores e tradutores das obras de Freud. Importante ressaltar que este trabalho surgiu a partir de estudos e discussões realizados em uma das disciplinas do Mestrado em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá (PPI-UEM), área de concentração: Constituição do Sujeito e Historicidade, mais especificamente pertencente à linha de pesquisa: Psicanálise e Civilização e ao Laboratório de Estudos e Pesquisa em Psicanálise e Civilização (LEPPSIC). Trata-se de uma pesquisa téorico-conceitual, sendo que o levantamento bibliográfico foi realizado a partir de leituras prévias em Freud e Laplanche, das quais elegemos alguns textos nos quais os autores abordam a temática de uma forma mais direta e precisa. Utilizamos, ainda, um artigo de um teórico da psicanálise, José Gutíerrez-Terrazas, que também se debruçou no estudo do tema e tem como orientação teórica a TSG. Temos, então, como objetivo discutir o conceito de pulsão e pulsão de morte em psicanálise e compreendemos com Laplanche que a pulsão é em sua essência uma pulsão sexual, ou seja, para o autor tem-se uma pulsão sexual de vida e de morte.